A garoa esbranquiçada pinga na quincha do rancho
Quando vislumbro no gancho lá do varal da ramada
E dependurada a balança toda a tristeza que trago
Nos goles do mate amargo que me alcança a madrugada
Nos goles do mate amargo que me alcança a madrugada
Os horizontes se perdem como nuvem de fumaça
Sem ver o tempo que passa no pensamento conflito
E os olhares perdidos vagueiam pela querência
Como a busca a paciência nesse meu mate solito
(refrão)
Pra quem mateia em silêncio o tempo volta pra trás
E a lembrança se faz parceira muito a vontade
O chimarrão é um palanque dos aporriados lamentos
Que era um potro sentimento e hoje apenas saudade
Que era um potro sentimento e hoje apenas saudade
Se a primavera em setembro tem cheiro de campo e flor
Um tempo de mais amor no rebrotar das paixões
Quando o minuano assobia cada espaço vazio
São frestas por onde o frio vem judiar dos corações
São frestas por onde o frio vem judiar dos corações
Na meditação campeira de um gauchesco ritual
Onde o galpão é o altar que não tem luxo ou vaidade
Como o amigo sincero que entende o que eu não digo
O fogo chora comigo entre goles de saudade
(repete o refrão)
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.