Quando chega o domingo eu encilho o meu pingo que troteando sai
Rumo as velhas barrancas de histórias tantas do rio uruguai
Eu sou fronteiriço de rédea e caniço o perigo me atrai
Sou de uruguaiana de mãe castelhana igual a meu pai
Se a terra não é minha se a vida é mesquinha o que se há de fazer
Mas o sonho nasceu e o rio se fez meu e nele vou descer
Pra encontrar quem me espera morena sincera que é meu bem querer
Meu momento é ai no chão onde eu nasci e onde eu vou morrer
Tenho o verde dos campos nos teus olhos
E um feitiço maleva que é puro veneno do caminhar
Uma noite serena adormece morena em teus cabelos
E o seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar
Tristeza e alegria são meu dia-a-dia já me acostumei
Sou de campo e de rio tenha sol, faça frio lá domingo estarei
Barranca e fronteira canha brasileira assim me criei
Com carinho nos braços galopo meus passos e me torno um rei
Hoje meu dia-a-dia só tem alegrias tristezas deixei
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
Barranca e fronteira canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda os abraços e me sinto um rei
Afetivo de cavalo de estimação.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.