(Lauri Lopes/Cristiano Vieira)
Como eu gostaria que o mundo fosse uma nação de paz
Que a pomba branca se eternizasse pra viver feliz
Que as fronteiras fossem, simplesmente, um riscado ao léu
E que nosso céu se colorizasse do mesmo matiz
Que a singeleza do abraço amigo se fizesse regra
E as riquezas fossem trocadas por um aperto de mão
Um cavalo bueno, um cachorro amigo para um costado
E um mate cevado pela mão amiga desta comunhão
Que os senhores que tudo decidem fossem aos galpões
E sorvessem juntos a seiva sagrada que alimenta a alma
E sentissem o silêncio calmo que abranda os pobres
Pra que outros nobres não se acalantem sobre esta triste calma
É de nós, os gaúchos de alma serena e visão sensata
Nós que sempre lutamos combatendo atos contra a humanidade
Que se espera o grito que ecoe forte e bote tenência
Numa sã consciência que lidere rumos para a liberdade
Que um grito forte ecoasse um basta por todo o rincão
E fosse retumbando por léguas de estrada em variados tons
E um levante forte de um brado altivo talvez aconteça
Pra que o mal pereça quando quebrado o silêncio dos bons
Que este grito rompa o alambrado firme que separa os homens
Pra que um cusco amigo e um cavalo bueno me façam feliz
Que a simplicidade de um pão na mesa para os meus filhos
Recupere o brilho do que tem de bom no nosso país
Que os senhores que tudo decidem fossem aos galpões...
É de nós, os gaúchos de alma serena e visão sensata...