(Velho Milongueiro)
Foi cantando em uma bailanta que alguém me chamou a atenção
Uma prenda de cabelos longos, olhos negros da cor do carvão
Ela tava dançando a vaneira e, por cima do ombro do peão
A morena me olhava sorrindo e o sorriso lindo me encheu de paixão
E o baile seguia enfezado na bailanta do interior
Tinha prenda linda e dançadeira, também tinha peão dançador
E a morena do sorriso lindo só olhava pra este cantador
Quando a barra do dia chegava, ali começava um romance de amor
Namorando por correspondência, minha ausência ela não suportou
Me mandou uma carta dizendo, meu amor, venha ver como estou
A saudade bateu no meu peito e o meu mundo quase desabou
Se você não vier me buscar eu vou lhe encontrar, seja lá onde for
Levei ela pra morar comigo no recanto Senhor do Bonfim
Como é linda a nossa morada, tem galpão, arvoredo e jardim
Hoje vivo cantando pra ela e ela vive sorrindo pra mim
Peço a Deus que nos mande saúde e que nos ajude a viver sempre assim
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
O osso do jogo-do-osso.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.