(Velho Milongueiro)
Tanto a pé como a cavalo e o te arremanga e vem
Até hoje, quando eu canto, recebo aplausos de alguém
Aventuras do Coló, paizinho da mãe também
Eu estou ficando velho e não imito ninguém
Uma carta apaixonada eu escrevi pro meu bem
E a filha da Mariana partiu no malvado trem
São as cantigas que há muito cantei pro povo
E, pra matar a saudade, resolvi cantar de novo
Agradecendo a cordeona e o estouro que é legal
Lá no bailão do Reci foi um sucesso total
Quem é que mandou parar, gritava o povo em geral
Foi ali que eu conheci a morena do tribunal
Um gaúcho de Pelotas me chamou de bem bagual
Quase que me deu um troço quando eu lia o meu jornal
São as cantigas que há muito cantei pro povo
E, pra matar a saudade, resolvi cantar de novo
Minha última carteada foi uma obra divina
E o último cartucho foi sucesso na Argentina
Botando os podre' pra fora briguei com a Chica Rufina
Fiquei com a mulher do baile e a Maria Gasolina
Morrer de um coraçonaço talvez seja minha sina
Eu já não aguento mais o mexe-mexe da menina
São as cantigas que há muito cantei pro povo
E, pra matar a saudade, resolvi cantar de novo
Eu canto faca de ponta, não canto ponta de faca
Soltando uma rouquidão, mas que baita urucubaca
Lá no baile dos vampiros namorei uma polaca
E dançando com a Rosinha quase perdi a guaiaca
Eu sempre fui bom de taco, não ando com as pilha' fraca'
Mas se eu ficasse com a ruiva levava chapéu de vaca
São as cantigas que há muito cantei pro povo
E, pra matar a saudade, resolvi cantar de novo
Dispersão de tropa em todas as direções.
Vila, distrito.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)