Bamo que bamo prum surungo bem campeiro
Que eu sou faceiro e na tristeza eu dou de mango
Gosto de farra, cachaça e mulher bonita
Dessas que agita o coração num bom fandango
Coisa bem linda a sala veia chacoaiando
E o gaiteiro já cheio de amor pra dar
Dou mais um gole pra firma a cana do braço
E a prenda linda na garupa vou levar
Meta-lhe gaita meu gaiteiro não te entrega
Que é nas macega que o chacoalho fica bom
Escondidito igual um tatu na toca
Que nós se imboca e fazemo tremer o chão
A vida é boa e é melhor numa fuzarca
Dessas que dura uma semana sem parar
Pois sou teatino e não me entrego pras percanta
Fico com todas, meu negócio é farrear
Se der peleia meu trinta ta bem recheado
Fico oitavado no balcão só coringando
Se for preciso já finco o facão no toco
Pois sou bem loco e peleio meio brincando
Quando o sol nasce meu pingo ta encilhado
Risco de espora de volta pro cafundó
Vivo faceiro morando aqui na campanha
Onde tem fartura, charque gordo e mocotó
Baile de baixa categoria.
alegre, contente
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Anca.
Pessoa ou animal sem eira e nem beira, mal trapilho, que vive em extrema pobreza; este vocábulo vem dos padres monásticos que faziam voto de pobreza, castidade e obediência
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.
Afetivo de cavalo de estimação.
alegre, contente
Carne salgada e seca ao sol.
Prato típico da culinária gaúcha, criado pelos escravos.