Dá licença meu Rio Grande antigo
vejo a história longe na distância
entre tantas coisas peculiadas
vou citar a de mais importância
já faz parte de uma economia
a pecuária deu grande abonância
mas o novo progresso chegando
foi modificando o destino da estância
As fazendas tinham regalia
marcação e carneavam boiada
convidavam os vizinhos de perto
no outono pra castrá a tourada
o rodeio no alto da coxilha
todo o fecho tinha boa aguada
no sossego a boiada envernando
e fora da cria, as vacas estouradas
A estância era cheia de gado
o estancieiro era conservador
muitas vacas, os terneiros nascendo
apartavam pros invernador
a família morava no campo
conservando o costume valor
enquanto uns permanecem na estância
outros na faculdade, formavam em doutor
Mas um dia tudo transformou-se
ficou triste aquele cenário
a estância ficou dividida
e os herdeiros, hoje são proprietários
não se vê mais o touro berrando
contrariando mais de um centenário
o bagual entristece o relincho
lavraram as coxilhas, depois do inventário.
Hoje a gente vê as cercas caídas
e as casas e galpão no abandono
a figueira já foi arrancada
abraçada com o sinamomo
As formigas cortaram o arvoredo
o patrão dorme um eterno sono
como é triste lembrar o passado
a estância abandonada
chorando seu dono.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.