Sábado de tardezita
Saio em rumo de um bochincho
Total eu sou solteirão,
Preciso arrumar um cambicho
Na volta de um corredor,
Tava formado o machixo
Ao chegar já vi as velhas
Se desmanchando em cochicho
Vem entrando o mal domado,
De sabugo levantado
Pra não aperta o Rabicho
Nos fandangos de campanha,
Boleio a perna cantando
Com as guampas cheias de canha,
Vejo as velhas cochichando
E o chinaredo gritando,
Os farrapos estão chegando
No meu Rio Grande querido,
Os farrapos são legenda
De bota bombacha espora,
A nossa história não é lenda
E amizade é que nem louça,
Se quebrar ninguém emenda
Não casei mas te avsei,
Não te prende minha prenda
Pra china não dou resposta,
Eu ergo a cola nas costas
E vou relinchar na fazenda
Nos fandangos de campanha,
Boleio a perna cantando
Com as guampas cheias de canha,
Vejo as velhas cochichando
E o chinaredo gritando,
Os farrapos estão chegando
A alma da espiga de milho.
bordel; onde fica o chinaredo
Alcunha pejorativa dada pelos imperialistas, aos rebeldes e revolucionários de 1835 / 45.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
bordel; onde fica o chinaredo