Vou entrando bem de varinho de violão já na mão pra tocar
Pois ali existia um fandango e eu devia me apresentar
Na chegada uma prenda me olhou e essa prenda eu jurei de roubar.
Eu fui entrando, e fui entrando e fui entrando bem de vagarinho
Me cuidado da velha marciana e do tal de Juvêncio sobrinho.
Eu fui entrando, e fui entrando e fui entrando bem de vagarinho
E notei que por todos os cantos cochichavam e sorriam baixinho.
O pai dela era um tal de Juvêncio que me olhou meio desconfiado
Já puxei meus talheres para frente por que nunca fui bugre assustado
Toquei xote, milonga e rancheira, no improviso fiz verso rimado.
Veja só como a coisa acontece o Juvêncio me reconheceu
Perguntou ora uma velha assanhada se o cantor bugre era eu
A velhota pulou de contente pro meu lado gritando correu.
De repente larguei o violão e fingi que estava cansado
Por que a prenda esperava lá fora de acordo com o combinado
E fui saindo bem de vagarinho e no meu pingo fui logo montado
Minha prenda pulou na garupa esta vivendo lá no meu ranchinho
Hoje sou genro da velha marciana e do tal do Juvêncio sobrinho.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Afetivo de cavalo de estimação.
Anca.