Às vezes vou me lembrando
Do baile da mariquinha
Do xote velho largado
E da rancheira que vinha
Do café de chaleira
Que a comadre me servia
Farofa e feijão mexido
Com uma quarta de farinha
A melhor coisa do mundo era
O Baile da Mariquinha
Chegava os fins de semana
Sábado de manhãzinha
Dava, dava, dava, dava aquele reboliço
Mexerico de vizinha
E as véias batiam guizo
Prás meninas na cozinha
Ai vai botá um vestido novo, Juracema
Presente da tua madrinha
Todo mundo se aprumava
Pro Baile da Mariquinha
E os convidados do baile
Que baile tchê
Do baile da mariquinha
Uns à pé e de à cavalo
Outros de carreta vinha
E começava a dançar
Gente grande pequenina
Ferravam na meia canha
Com trovas e ladainhas
Muito casamento deu
No baile da Mariquinha
E a segurança do baile
Era de primeira linha
Tinha tinha tinha tinha o zapa no comando
E lá na copa o bijuquinha
E se estourasse a peleia
O tio zapa atendia tirava a indiada lá prá fora
E no tapa resolvia
A alegria continuava
No baile da Mariquinha
grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.