Esta gaitinha resmungando nos meus braços
Aporreada num gaitaço deixa um rastro de alegria
Por esta pampa tem marcas de ponta a ponta
Quem além fronteira reponta acordes e melodias
Duas ilheiras de botão e voz trocada
Varo tantas madrugadas, animo tantos fandangos
Num som campeiro e num timbre de duas falas
Fez se integrar pela sala maragatos e chimangos.
O tempo passa, mas a gente não esquece
A lembrança permanece e o peito velho se cala
Mas quando toca a minha sensibilidades
Vou disfarçando ansiedade nesta minha gaita baguala.
Com esta gaita me sinto mais missioneiro
No viver deste gaiteiro nada lhe substitui
Aveludada com versa com os meus dedos
Mas não conta os segredos que este gaúcho possui
Poeira e fumaça lhe curtiram nas bailantas
Amadrinhando garganta, harmonizando cadência
Vem temperada com atavismo de outrora
Vibrando a alma sonora e o vigor desta querência.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.