Namoro a prenda mais linda do meu lugar
Vai da r muito o que falar pelo padrão da guria
Os impliquentos depois que nos verem juntos
Terão um belo assunto pra uma porção de dias.
O que acontece é que me ajustei numa estancia
E por ser desde a infância cumpridor da obrigação
Me acreditei pra vocês ter uma base
Ta bem sujeito que eu case com a filha do patrão
Eu já notei que a sorte é pra quem merece
Não é sempre que aparece uma ocasião como essa
Vou me casar, vou me aquietar pra ser sincero
A moça tem o que eu quero e o resto não me interessa.
E a peonada meus parceiros de serviço
Assim que souberem disso que será que vão sentir
Só que eu sou o peão que o patrão tem orgulho
E sei fazer algum barulho que ele gosta de ouvir.
Até parece que estou ouvindo falatório
E o zum zum difamatório da indiada pelo galpão
E algum vivente meio com cara de choro
Com ciúme do meu namoro com a filha do patrão.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Indivíduo, criatura, pessoa.