Licença dona Josepha pra este xirú campeiro
Quero cantar pra senhora um verso xucro e galponeiro
E acavala uma vanera das de frouxar pessegueiro
Quando eu abro esta cordeona o bicharedo sai da toca
Os touros berram mais grosso, tatu pelado cavoca
Escuitando esta vanera que além de troncha é pitoca.
Cada vez que espinho a gaita lembro da Josepha Cunha
Acordo o sol com um gaitaço e só deus por testemunha
Chairo a goela... Abro o peito e agarro o rio grande a unha.
Quando deus criou este mundo começou pelo Itaqui
Terra de Josepha cunha do Uruguai e do Ibicuí;
Meu velho rincão da cruz que eu amo desde guri
Com ela aprendi também um mandamento sagrado
Que cavalo de gaúcho seja lobuno ou bragado
Não bebe água de balde nem come pasto cortado.
Com ela foi que aprendi outra coisa meu parceiro
Que pelo trote de longe se avalia o parelheiro
E pelas garras que usa se conhece o bom campeiro
Sigo guasqueando a cordeona neste jeitão missioneiro
Lembrando a Josepha cunha virei ginete e gaiteiro
E vou domando esta vaneira que é de frouxar pessegueiro.
Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Selvagem.
Lugar isolado em fundo de campo.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Andadura moderada dos eguariços.