Me criei numa canhada lá no fundo da estância
Sufocando a própria ânsia da minha vida campeira
Lidando a semana inteira pra cumprir minha jornada
Pulando de madrugada antes de romper a aurora
Eu saía campo fora pra recolher a manada
Junto com minha tropilha que um por um embuçalo
E me entende quando falo, esta potrada de luxo
Por certo não é gaúcho quem não gostar de cavalo
Lidando com gado brabo potro xucro e redomão
Maneia e buçal na mão um par de rédeas e bocal
Puxando queixo de baqual fui crescendo acostumado
E algum turuno extraviado nunca me escapou do laço
São os serviços que faço bem assim que fui criado
Por gostar da lida bruta me apelidaram nativo
Deste jeitão que eu vivo do campo eu não me afasto
Enforquilhado nos bastos vou cumprindo a minha sina
Sei que esta vida termina tenho certeza que morro
Se faltar pingo e cachorro rodeio fandango e china
Vale, baixada entre coxilhas.
Coletivo de cavalos.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Afetivo de cavalo de estimação.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.