(miro saldanha)
onde vou me perguntam razões pro o meu canto nativo
e as origens deste olhar altivo, que encara de frente ao falar;
por que, tenho esse orgulho ferrenho do pago onde vivo.
mas carrego e cultivo um galpão de motivos que eu posso explicar:
É que eu trago a memória dos campos, coxilhas e montes;
e um passado de glórias e heróis que lutaram nas guerras.
vem de berço a altivez desse olhar, habituado a horizontes,
e o cantar de quem traz por legado o amor pela terra.
refrÃo (bis)
em cada peito há um coração;
em cada rancho, um jardim.
e em cada palmo deste chão
há um pedaço de mim.
cada saco de grão vem do ventre da terra lavrada.
cada naco de chão que dá fruto produz e levanta o país.
e quem não ama o chão onde teve a semente plantada,
planta, dentro de si, a semente estragada que a terra não quis.
são de paz as razões que nos juntam nessa cavalgada.
e hoje é festa a fumaça que enfeita o bocal das garruchas.
novos tauras comungam fogões, pelas manhãs de geada,
e o bom mate, marca registrada da gente gaúcha.
refrÃo (bis)