Contraponteando contra o coração, o gaiteiro e a gaita num abraço
olha essa vanera de galpão vai tranqueando passo no compasso
na simplicidade pura do seu jeito são os velhos teatinos do meu pago
pra afogar a magoa no seu peito busco na vanera um afago
a luz de candieiro e a polvadeira parede chamuscada de picumã
e o colo que acolhe um estradeiro e a ilusão que finda de manhã
fico bobeando uma vez espiando pela fresta aberta do oitão
e uma morenaça sarandeando exalando aroma da paixão
a saudade louca esporeia quando a campo afora eu me bandeio
levando na idéia aquele olhar que inspirou na gaita o meu floreio.