Lá no rincão onde moro no dia que tem surungo
Vou sacudir o mondongo num contraponto de gaita
Se não me tenho por taita tão pouco sou mocorongo
Me faço de burro tongo pra chulear as sirigaitas
As pilchas são as de sempre meu lenço cor de pitanga
Lavo o orgulho na sanga e a coragem na água benta
Pra macho que não agüenta quatro pulos do matungo
Aconselho a não ir fundo porque a canha não sustenta
Sou meio duro de queixo mas quem não sabe não nota
Judio a sola da bota pisoteando na vaneira
Se me incandeio na poeira aparto meio no rumo
Não arranjo nem pro fumo mas dou bote a noite inteira