O meu lugar é um povoado pequeninho
Onde as pessoas reconhecem seu igual
É uma terra que escreveu o meu início
E é lá mesmo onde quero o meu final
E já ví gente chamando de fim de mundo
Este cantinho onde a paz tem endereço
Mal sabem êles que a grandeza desta vida
É ver um mundo sem ter fim e nem começo
(Qual o direito de chamar de fim de mundo
O chão bendito onde um dia alguém nasceu
Por certo é gente que não vê como eu enxergo
A terra mãe que com carinho deus me deu)
Ainda tem um chimarrão na vizinhança
E a inocência no olhar da criançada
E toda vez que eu saio lá do fim de mundo
Mal vejo a hora de voltar naquela estrada
Contemplo a noite com a alma enluarada
Em pensamento me dou conta da verdade
Andei lugares que há muitos impressionaram
Mas nenhum deles me sorriu felicidade (...)