Avisa pra indiada lá de baixo
Que eu to igual a um cachaço, cavocando nas batata
Que se "aprepare" prá uma lida macanuda
Que a cosa vai ser graúda lá na estancia do bitata
Diz pra dotina ir me ajeitando o capão
Faz quierera com feijão pro "armoço" da peonada
Avisa o téio que o tio beraco já veio
Pode começar o rodeio apartando a terneirada
Laça, peala, derruba e maneia
Que bruta peleia, não tem tempo feio
É a tradição do rio grande bagual
Pois não tem nada igual que um dia de rodeio
Deixa a zebua que essa eu quero pra min
E não pense que é assim fazer pouco dum cardoso
Vou por minha marca na anca dessa bragada
Pois é coisa que me agrada cuidar de bicho bardoso
Diz pro tio miro encilhar o meu gateado
Não vá me dar um aporreado pro home véio montá
Leva pro campo a égua moura e os apero
Bota os ferro no braseiro e espere até eu chegar.
Vai separando as que tiver que despontar
E as bichada vamo curar com banha de chibo e carvão
Reponta os guacho leva pro campo do fundo
E recomende o raimundo que ajeite bem o galpão
No fim da lida, pra recompensar o cansaço
Vamo escutar um gaitaço, mesclando mate com canha
Contando causo, pataquada e cantoria
Assim que termina um dia de rodeio na campanha.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Mal domado.
Animal órfão e criado sem mãe.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.