(Letra: Rogério Ávila | Música: Leonel Gomez)
Este buçal na cara do clarear do dia
Que embuçala tantos pra levar de tiro
É a trança certa que sustenta o fato
Do buçal na cara o qual eu me refiro
O segredo é a trança ser de um couro gordo
Se for um potro o de embuçalar
Ou talvez de seda, uma negra seda
Que se trance a venda pra algum cabrestear
O buçal é um fato e contestar não posso
Mas o cabresto é nosso e o tirão também
Seguir ao tranco sem levar guascaço
Ou os manotaço' pra escolher se tem
Refugar mangueira nesta recolhida
Só refugando a vida que se vem pra forma
Então, cuidado no meter a cara
Pois escolhendo a trança é que se escolhe as normas
Um potro ventena acolhera e cincha
Acaba de tiro e a fera se some
Um povo que mete a cara na seda
Acaba vendado e morre de fome
Eu defendo a trança de um couro bem gordo
Mas com a vista aberta pra enxergar o perau
Do que a maciez de uma negra seda
Que não castiga a nuca, mas nega o embornal
O buçal é um fato e contestar não posso...