(Letra: Rogério Ávila | Música: Leonel Gomez)
O brasino rompe o laço
Que já vinha com três tentos
E um outro corta o espaço
No rumo que é um pensamento
Na cincha toda a perícia, no golpe todo o cuidado
De quem sabe buscá a volta das voltas do acalambrado
Coloreia a vista o brasino, berra de alma agachada
Firme raiz de querência nas quatro pata' estaqueada'
Se veio d’outra invernada, ponta de vaca enlotado
Agora parou rodeio junto ao molho acalambrado
Garrão de touro sangrando na fúria da cachorrada
Cincha e trança de laço, brasão de pampa a mirada
Saca de pronto o paisano
Ponta de adaga afiada
O touro salta pra diante
Na sangria assinalada
Talvez o ritual campeiro de xucra sabedoria
Sentir o cheiro da morte que coloreia a sangria
Se veio o touro berrando, força de laço e eguada
E o campo desacalambra na outra orelha assinalada
Se veio d’outra invernada, ponta de vaca enlotado...