(João Sampaio, Mano Lima)
Foi andando pelo mundo
Do jeito que um taura quer
Que descobri muitas coisas
Entre o cavalo e a mulher.
Mulher feia,meu parceiro
Mesmo ponteando a tropilha
É como cavalo aporreado
Ninguém "gava" e nem encilha!
Mulher ciumenta amigaço
Por mais que seja prendada
É como cavalo torto
Sempre arisca e desconfiada!
Mulher rica e querendona
É parelheiro no jardeio
Todo mundo elogia
E cobiça pros arreios!
Mulher braba e caborteira
Parece jaguatirica
É igual matungo queixudo
Pega o freio e "adeus tia chica!"
China que dá faladeira
Passa o dia matraqueando
É cavalo de mascate
Anda vendendo e comprando!
A mulher desaforada
Por mais que tenha respeito
É como pilungo coiceiro
Tem que se chegar com jeito!
Mulher solita sem dono
Por linda não perde a vaza
É cavalo de tropeiro
Desses que não pára em casa!
Com mulher dengosa e sardenta
E cavalo passarinheiro
Abre o olho meu "ermão"
Sempre alerta companheiro!
Já a mulher namoradeira
Devereda ela se entrega
E igual matungo sogueiro
Em qualquer parte se pega!
Mulher prenha e barriguda
É como cavalo cilhão
Anda co'a cincha nosovaco
Sempre perdendo o xergão!
Mulher que logra o marido
(Isso aprendi a duras custas!)
É igual bagual caborteiro
De qualquer coisa se assusta!
Mia muié e o meu cavalo
Morreram no mesmo dia
Antes morresse a muié
O cavalo é que eu queria
Cavalo custa dinheiro
E muié não faltaria.
Vivente que se pode recomendar.
Cavalo de pouca qualidade.
Cavalo imprestável.
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro