Pelos rodeios da vida, eu me criei
Aos manotaços da lida, falquejei
Um potro de boa estampa traz tardes ensolaradas
O mais lindo de pelo, o mais garboso e faceiro
No retoço da eguada
Aí meu cavalo, vivemos a mesma sina
Tu no meio da eguada e eu de atrás de alguma china
Aí meu cavalo, vivemos a mesma sina
Tu no meio da eguada e eu de atrás de alguma china
Nos quatro cantos do mundo, eu já andei
No lombo do meu cavalo, me sinto um rei
E o meu porte de monarca, de querência em querência
Foi deus que nos fez parceiros, para sermos companheiros
Pelo resto da existência
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.