Quando pensei que tinha esquecido
Aqueles tempos que passeia contigo
Eu te revejo deste jeito, linda
Com sorriso largo e olhar de paixão
Então perceba que meu coração
Se descompassa por você ainda
A gente pensa que viver sozinho
Soltito ao vento, trocando de ninho
É o que norteia nossa liberdade
Mas lá no fundo está alma andeja
Fica na volta, pois ta sempre presa
A um tronco firme chamado saudade
Mulher gaúcha, flor deste meu pago
Que cabresteia todos meus afagos
Desde o momento que te conhecia
Quero que digas se tenha esperança
Porque meu corpo pouco a pouco cansa
De andar sem rumo só pensando em ti
Um bom gaúcho tem que te um pingo
Um gospe-fogo e tardes de domingo
Para esquecer de suas mazelas
Mas chegam um ponto que o xirú carancho
Depois da liga precisa de um rancho
E dentro dele uma china bela
É por isto que ao te ver bailando
Vestido rubro de campo queimado
É o que norteia nossa liberdade
Mas lá no fundo está alma andeja
Fica na volta, pois tá sempre presa
A um tronco firme chamados saudade.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).