Hoje bem cedo me acordei com som de gaita
E lembrei da sirigaita que foi dona do meu peito
Dizem que anda lá pras bandas da picada
Alumiando as madrugadas quando dança do seu jeito
Que coisas seria o quentume que me envade
Alguns dizem que é saudade
Outros chamam de lorota
De todo jeito eu encilhei o meu cavalo
E noutro cantar do galo
Vou chegar naquelas grotas
O tique-taque do relógio lá de casa
É uma brasa que me queima o coração
Cada minuto que eu passo longe dela
A lembrança me atropela e quase morro de paixão
A gente pensa que pode viver sozinho
Se achego e sem carinho
No fundo da noite fria
Mais chega um ponto que o meu corpo tão cansado
Sente falta do agrado
E o perfume da guria
Por isso hoje a saudade é o que me resta
Varri o chão tapei as festa pra deixar meu rancho lindo
Lavei os trem e tirei o pó da gaita
E vou trazer a sirigaita na garupa do meu pingo
Amparo, encosto, auxílio, proteção
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Anca.