Luiz Menezes / Albino Manique
Teu coração china linda é como estrada real
Onde muitos já provaram teu beijo frio e fatal
Depois de beber carinhos da aguada dos teus encantos
Tantos ficaram sozinhos e foram tantos e tantos.
Quando te vi sapateando lá no bolicho do gringo
Te cobicei china linda pra garupa do meu pingo
De tanta china bonita já quebrei queixo a lo macho
Contigo foi diferente que tombo se não me agacho.
Campeando em teus sentimentos na ronda dos teus pecados
Encontrei china bonita borrachos e desgraçados
E vi que teu coração é pedra que não arrebenta
Mais negro que punhalada numa noite de tormenta.
Sou desigual dessa gente de quem ganhaste no amor
Pra laçar no corredor que nem matungo acabado
Eu não sirvo pra teu lado, nem tu serve pra meu pouso
Em truco de mentiroso ganha o baralho marcado.
Não digo que não te quero e te querendo apareço
E é muito o que te ofereço, poncho, caricia e guitarra
Pois para uma noite da farra qualquer china nos consola
E entre riso, canha e viola até um arisco se amarra.
Buena china vou-me embora já te disse o que queria
Desde até o que não devia agora dou rumo aos bois
Quem sabe um dia ou depois de perder a ultima vaza
Eu volte dando um oh de casa pedindo um catre pra dois.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Pequena bodega.
Anca.
Afetivo de cavalo de estimação.
Queda.
Ação de vigilância.
Cavalo de pouca qualidade.
Espécie de jogo de cartas, entre dois ou quatro parceiros.
Xucro e assustado.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).