(Tadeu Martins/Marines Siqueira/Celso Braz)
Na frente do rancho eu tenho um cercado
No meio da cerca botei um portão
Caminho direto que vai até a porta
Que eu chamo de horta pra o meu coração
Eu planto de tudo, maçanilha, carqueja
Sabugueiro, cravina e manjericão
No canto da cerca, toiceira de arruda
Que é deus-me-acuda pra o meu coração
A frente do rancho perfuma de noite e acende de dia
A colcha de cores e todos que passam ao trote na estrada
Que linda morada de jujo e de flores
Beijinho e cravo, arnica, hortelã
E um pé de guaco que dá uma ramada
E pegam de galhos, no chão e nas latas
Brotando batatas de chica pintada
Qualquer lua ajuda, orquídeas e rosa
Erva-doce, quitoco, cidró e jasmim
A lua minguante dá terra e saudade
No final da tarde do que tenho em mim
A frente do rancho perfuma de noite e acende de dia...
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Andadura moderada dos eguariços.