Meu chapéu de aba larga companheiro de jornada
Meu revólver na cintura minha faca prateada
Meu cavalo marchador que eu peguei na invernada
Minha prenda na garupa minha linda namorada
Quando eu saio na estrada estalando o arreiador
Baldrame um pelego grande e também um tirador
Boleadeira na cintura e um cavalo marchador
É a estampa do rio grande nos versos do cantador
E quando é de tardinha que o sol já vai embora
Dou rédea no pingo vou pro meu rancho agora
Eu pego na minha gaita e dou um floreio aqui na hora
Toco um xote, a rancheira e a vaneira sem demora
Quando eu tô no meu rancho saboreando um chimarrão
Vou servindo pros amigos com a cuia de mão em mão
É a hospitalidade amiga de um gaúcho a tradição
É um pedaço do rio grande que eu tenho no coração
Finalizo estes versos com uma grande emoção
Presto minha homenagem pra rádio e televisão
Aos colegas e cantores de a nossa tradição
Que uma estrela no universo ilumine essa canção
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Anca.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Afetivo de cavalo de estimação.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.