Bois de sabugo e rodas de corticeira
Prontos na espera que acabasse a marmelada
Carreta nova e canzil de pitangueira
E o que era doce virou sonho pela estrada
Ajoujo firme, tamoeiro bem trançado
Regera grossa de barbante catalã
E o piazito carreteiro do passado
Hoje envelhece amargando o amanhã
(Êra pitanga boi do coice colorado
Êra malhado boi da ponta olha a frente
E o prego da picana bem afiado
Despertava utopia inocente)
Passava tardes e manhãs brincando a esmo
Pelo terreiro carreteando a própria infância
Enquanto o tempo lhe cobrava de si mesmo
A vida boa que levava na estância
Hoje o progresso conquistou sua carreira
E o seu mundo imaginário de emoções
Do seu brinquedo só restou velha caixeta
Atirada no museu das ilusões
A alma da espiga de milho.
Corda torcida de couro crua e peluda, que serve para unir o cambão à canga.
Adolescente.
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.
Aguilhada ou guilhada.