Milongueiro / José Duarte
Esta minha acordeona muita alegria me dá
Manda pra longe a tristeza quando em meus braços está
Quando eu abro esta acordeona todo mundo quer dançar
Quando eu paro todos gritam: - Quem é que mandou parar
E o baile continua até o dia clarear.
Na fronteira do estado quando eu chego pra tocar
Hermanos do outro lado passam pro lado de cá
Ouvindo minha acordeona esquecem então de lá
Quando eu paro todos gritam: - Quem é que mandou parar
E o baile continua até o dia clarear.
Uma vez em Gaurapuava no estado do Paraná
Numa festa do pinhão me chamaram pra tocar
Toquei até de madrugada sem uma folga tirar
Só por que todos gritavam: - Quem é que mandou parar
E o baile continua até o dia clarear.
Quando termina um fandango muita tristeza me dá
Se despedem os namorados um pra lá, outro pra cá
O peão fala pra prenda: - Hoje de tarde eu vou lá
E se despedem gritando: - Quem é que mandou parar
Um fandango igual a este não devia terminar.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.