Osvaldo Flores / Milongueiro
Eu nasci pra ser gaudério vou cumprindo a minha sina
Na minha alma teatina tristeza não faz morada
Uma chinoca malvada que me desprezou outrora
Me pediu perdão agora, mas bateu em porta errada.
Eu sou que nem Martin Fierro, sou manso com quem é manso
Mas se mudar o balanço logo a coisa fica feia
Pois meu rebenque lonqueia: xirú de venta rasgada
Chinoca desafora e potro que corcoveia.
Meu ideal a justiça, o amor e a liberdade
Só rendo culto a saudade, o verso é minha oração
Para fazer confissão basta encontrar uma prenda
Que alem bonita entenda as transas do coração.
Mas se a pessoa que eu amo um dia ouvir estes versos
Feito de sonhos dispersos de fadados ideais
Será que as frases banais dos rudes versos que canto
São pra sublimar meu pranto por que lhe amo demais.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Espécie de açoite.
Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.