Boa noite querido povo
Gente buena e de valor
Receba um forte abraço
Deste seu peão cantador
Que meu verso seja orvalho
Pra este jardim em flor
Tirando fundo do peito
Um verso feito a preceito
Que brota livre da ideia
Ao desencilhar a rima
Peço pousada e estima
Num rancho desta plateia
Meu coração atrevido
Me botou a falta envido
Pra eu vir cantar na cidade
E eu com 33 de mão
Me adonei da situação
Cerrando um quero, a vontade
Dando de rédea ao anseio
Me achei no meu próprio meio
Numa alegria sem fim
Em cada mate alcançado
Em cada abraço apertado
Se abre um palco pra mim
Na silência do repente
Sou uma chucra semente
De onde brota noite e dia
Inspiração e telência
Pra cantar nossa querência
Bem do jeito que eu queria
Boa noite querido povo
Aqui encerro meu assunto
Quem canta seu mal espanta
E cantando eu me pergunto
Se sozinho faço festa
Quanto mais nós tudo junto,
Se sozinho faço festa
Quanto mais nós tudo junto
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Tirar os arreios do lombo do eguariço.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Estafeta que leva algo a outrem.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.