Há uma história de um facão três listas
Que um artista pôs em gravação
Dizendo ele ser homem valente
Linha de frente com aquele facão
Já fez até um relho transado
E preparado pra brigar bastante
Diz que peleia e é metido a guapo
É bate papo desse ignorante.
Eu não peleio, mas cantando eu ripo
Homem do teu tipo não dá peleador
Nem a facão, a relho ou a bela
Tipo desse iguala só dá falador.
Não tenho medo de facão tr6es listas
E nem tão pouco do relho trançado
Eu vou levando a vida como um bom artista
Nasci com calma e nem sou assustado.
Gritar no rádio não é ter topete
É só manchete pra fazer banzé
Acha que a briga é muito bonita
Prende-lhe o grito e não diz como é.
Até meus fãs pensam que é comigo
Se for eu digo que estou sempre as ordens
Em pensamento não mato e nem morro
E o cachorro que late não morde.
Eu tenho medo é da tua coragem
Pela bobagens de fazer cartaz.
Que eu sou gaúcho do sistema antigo
Faço e não digo e tu diz e não faz.
E eu não quero que me ameace
A minha classe com o teu modelo
Eu me criei lidando com facão
E amanso um leão passando a mão no pêlo.
Peço a meus fãs não se preocuparem
E nem encarem essa facão três listas
Porque meus versos servem de conselho
E tiro o relho e o facão do artista.
Só tiro as aramas, mas não bato nela
Só digo a ele não fazer de novo,
Faz que nem eu que canto e não brigo,
E sou amigo da todo esse povo.
Espécie de açoite.
Contenda, disputa, combate, luta, batalha.
Vivente forte e destemido.
Desordem.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.