Meu velho rancho gaúcho
Foi alegre no passado
Porém, hoje abandonado
Já não é mais o que era
É triste, mas é verdade
Que os lírios da saudade
Floresceram na tapera.
Velho rancho da saudade
Cobertura de capim
São as lembranças de mim
Que em tua volta rodeia
Junto a ti eu fui feliz
Ranchito que eu mesmo fiz
Virastes em tapera feia.
Velho rancho da saudade
Este nome eu te dei
No dia que te encontrei
Neste triste abandono
A tristeza que te invade
São os golpes da saudade
Sofrido pelo teu dono.
Tua dona velho rancho
Há tempo morou comigo
Não sei se foi por castigo
Ou praga que alguém rogou
Seguiu por outro caminho
Não quiz mais o meu carinho
O nosso amor terminou.
Hoje só resta saudade
No meu velho peito amigo
Ser alegre eu não consigo
A tristeza me judia
Se não findar meu tormento
Com todo este sofrimento
Vou morrer a qualquer dia.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Habitação abandonada e deserta.