Saí de casa já com espírito de porco
Procurando algum surungo para gastar o meus troco
Faz mais de mês que eu só vivo do serviço
E a falta de um cambicho já tá me deixando loco
Vivo atrasado tapado de judiaria
Procurando parceria pra fincá o facão no toco
Quero uma prenda que me chame de benzinho
Que me tape de carinho, aliviando o meu sufoco
Quero uma prenda que me chame de benzinho
Que me tape de carinho aliviando o meu sufoco
Pouco me importa se levar algum carão
Hoje eu vim pra espantar a solidão
Toca gaiteiro pra ferver essa bailanta
Que hoje eu quero amanhecer
Sovaquiando uma percanta
No desespero eu boteio pros dois lados
Dô uma volta lá nos fundos
Vou na copa e tomo uns tragos
Volto pra sala, me enfio na polvadeira
Atracado numa prenda, sovaquiando na vaneira
Vivo atrasado, tapado de judiaria
Procurando parceria pra fincá o facão no toco
Quero uma prenda que me chame de benzinho
Que me tape de carinho, aliviando o meu sufoco
Pouco me importa se levar algum carão...
(Charles S. Pedreira)
Baile de baixa categoria.
Apego ou paixão por uma china, ou por um peão.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.