Sexta feira eu pego um troco
E já saio que não louco com coceira na guaiaca
Me vou lá pro rancherio
Por em cria o meu bugio com a china das macacas
Cansado de pajear vaca
Chuva forte não me ataca nem me empaca o tempo frio
Quando a saudade me acarca
Me gusta sair da casca no catre do povoerio
Dê-lhe gaita dê-lhe canha
Já chega de pão com banha ando com nojo de vaca
Pois quando folgo na changa
Eu só quero uma camanga com uma tianga das macacas
Não sou índio de carpeta
Mas vivo dando gambeta no destino que me enrosca
Se ser só é minha sina
Eu sempre ganho uma china donde o xixo desemboca
E assim sendo campeiro
Me entrevero no povoeiro por causa de pampa e fole
Mas amar essas mulheres
E dar tudo que elas querem ala-pucha não é mole
Dê-lhe gaita dê-lhe canha
Já chega... vaca
Pois quando folgo na changa
Eu só quero quero... macacas
Guariba, primata sul-americano.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Negócio escuso.
Movimento desordenado para os lados (do perseguido) numa corrida em fuga, para evitar a captura.
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Cidade.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).