O meu cavalo é um tostado quebra-freio
Por venenoso não lhe passam maneador
É um queixo duro que ao sentir corta o arreios
Senta e relincha com manhas de boleador
Esse pingaço tapado cor de canela
Quando acho a volta e alço a perna é o pensamento
Seu bate cascos traz as prendas pra cancela
E um pala brnaco solta as franjas contra o vento
Cavalo meu não vem ao mundo por acaso
Nem tem paleta pra passeio de chilenas
Nasce pra andar na imensidão das madrugadas
Tentiando amores pra amansar as minhas penas
{repete}
Carrega a fama de arisco e caborteiro
Mas na verdade é faxudaço e voluntário
E na garupa leva o sonho de estradeiro
Mantendo a estampa e a imponência de monarca
Se para os outros é artista e aporreado
Duro de boca, escarceador duro de freio
É meu orgulho de gaúcho esse tostado
Solto das patas por um bicho curto e faceiro
Cavalo meu não vem ao mundo por acaso
Nem tem paleta pra passeio de chilenas
Nasce pra andar na imensidão das madrugadas
Tentiando amores pra amansar as minhas penas
{repete}
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Xucro e assustado.
Anca.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.