(Salvador Lamberty/Rico Baschera)
Nessas paragens do sul
Coração da minha terra
Vive um rio grande tão grande
Nas cores da primavera
Um paraíso encantado
No sul do meu continente
Jardim de moças bonitas
Terra de homens valentes
Sou gaúcho a cantar
Os campos e o mar
Oh, querência do céu tão azul
Minha terra canção
Forma de um coração
Esse é o meu rio grande do sul
O verdejar das campinas
Da serra e do litoral
E os rios que parecem veias
Do pampa meridional
A tradição riograndense
Vive na voz do tropeiro
E a liberdade é um ritual
Num chimarrão companheiro
Sou gaúcho a cantar...
Na pradaria, as cigarras
Cantam saudando o verão
E, no rancho, um cancioneiro
Canta o chorar de um violão
Enquanto a gaita soluça
Pra lhes fazer companhia
Um bate-casco campeiro
Saudando o clarear do dia
Sou gaúcho a cantar...
Os alecrins sarandeiam
Pelo rufar do minuano
Tudo parece tão perto
Para o gaúcho aragano
Jamais ninguém me separa
Deste torrão sem igual
Serei sempre um sentinela
Deste rio grande imortal
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).