(rico baschera)
este porongo que nas mãos eu trago
É pra cevar o amargo nas tardes que vão
velho sistema pela tradição
desperta o peão ao amanhecer
me faz sofrer, lembrando o passado
te tornei sagrado em minha solidão
mate sagrado de afogar as mágoas
juntam-se as águas ao lembrar de alguém
pois eu também mateio solito
em frente ao ranchito nós dois, mais ninguém
durante as lidas, ao passar os dias
encontro alegria de viver e sonhar
meu pensamento eu solto a galope
e o meu pingo a trote para retornar
com a esperança que tenha encontrado
solito, cansado, me ponho a matear
mate sagrado de afogar as mágoas...
pra quem mateia cheio de esperança
um dia alcança o que tanto quis
isso alguém diz, eu vivo a cantar
tentando curar a dor que me fiz
pois eu também espero encontrar
um alguém pra matear e me fazer feliz
mate sagrado de afogar as mágoas...