Nasci campeiro, gaudério por vocação
Nunca me achico pra china, pra capataz ou patrão.
Cresci no campo onde o fraco não vigora,
O mais forte se desmama e se manda mundo a fora.
Meu nome é tchê, sem sobrenome e sem marca.
Mas quando monto no zaino,
Não existe outro monarca.
Dono de mim eu carrego minha carga,
De rancho tenho meu poncho e
Meu chapéu de aba larga.
Só me acolhero para pouso ou para xixo,
Tô devendo casamento pra
Uns quatrocentos cambichos.
Eu ganho a vida alambrando horizontes,
Quebrando queixo de potro e
Passando chibo na ponte.
Levanto cedo antes do cantar do galo,
E o mundo fica pequeno nas patas do meu cavalo.
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.