Naquele sábado lindo
Tinha um baile de bombacha
E olhando os outros saindo
Um peão sólito, achou graça
Porque as pilchas que ele tinha
Já estavam muy remendadas
Foram sacos de farinha
Com as letras já desbotadas
Baile lindo pra ir de carreta
Sina de escravo, é a do boi
Volteou um baio lança seca
E pro baile também se foi
Volteou um baio lança seca
E pro baile também se foi
Vida amarga essa do peão
Que não pode ir pras carreiras
Nem ver gaita de botão
Tocando chote, rancheira
Quando ao rancho foi chegando
Deu um baque na cancela
E ao luar ficou espiando
Pelas frinchas da janela(2x)
Quieto ali, cheio de encanto
Viu os olhos de uma prenda
Como ele ali num canto
Triste, só fazendo renda
Mandou ali o santo pra ela
E foi contando seus segredos
E entre as sombras da janela
Lhe beijou a ponta dos dedos
Viu ali o peão caipora
Com sabor de um beijo puro
E encendiando a cor da aurora
Co'as promessas do futuro
E encendiando a cor da aurora
Com as promessas do futuro
Foi-se embora com mistérios
De uma noite enluarada
Companheira do gaudério
De bombacha remendada
Com clarão dos olhos dela
Trouxe a lua, estrela guaxa
Com o feitil de uma janela
Remendadas na bombacha (2x)
Naquele sábado lindo...
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Peças da indumentária (vestimenta) gaúcha de homem ou de mulher.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho