A minha prenda pra cantar não levo jeito
Mas te peço que entenda as razões desse meu peito
Nasci num fundo de campo criado sem polimento
Livre como os pirilampos sou teatino como o vento
Não falo coisas bonitas nem tampouco sou poeta
Mas compreenda bem dita que meu coração secreta
Não conheço o alfabeto mas tenho bom sentimento
De mãe eu tive afeto e de pai ensinamento
A minha prenda eu não te prometo luxo
Mas tu serás a rainha no rancho deste gaúcho
Te darei muito capricho, fidelidade e calor
O que pro pobre é cambicho o rico chama de amor
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Pessoa ou animal sem eira e nem beira, mal trapilho, que vive em extrema pobreza; este vocábulo vem dos padres monásticos que faziam voto de pobreza, castidade e obediência
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Apego ou paixão por uma china, ou por um peão.