Pela estrada no pampa se "bamo" faceirote batendo na marca
Emponchado de bailes e festas, essa é a vida que leva os monarcas
Não há chuva, frio ou mormaço que atrapalhe um só compromisso
O Rio Grande está satisfeito, orgulhoso do nosso serviço
Ao fechar a porteira do baile, rebanhamos saudades lembranças
Vem aurora vestida de prenda nasce o dia pra outras andanças
Vamos dançar a chamarrita que é dança galponeira
Que nasceu lá na Argentina e se bandiou pela fronteira
Prima rica do bugio no compasso de vaneira
É dança que virou moda da moçada dançadeira
É dança que virou moda da moçada dançadeira
Não tem prenda que resista o compasso desta dança
Seja velho ou seja moço, "dale" casco e não se cansa
Se o gaiteiro é bom de fole se desdobra se desmancha
E a gauchada se assanha, gritando e pedindo cancha
Vamos dançar a chamarrita que é dança galponeira
Que nasceu lá na Argentina e se bandiou pela fronteira
Prima rica do bugio no compasso de vaneira
É dança que virou moda da moçada dançadeira
É dança que virou moda da moçada dançadeira
No balanço desta dança dois por um bem compassado
Não tem mal que não se acerte nem prenda sem namorado
O salão fica pequeno a chinoca mais bonita
Abram alas minha gente pra dançar a chamarrita
A chamarra solta a chincha num "corcóvio" rabonado
E um lampião acende a chama clareando os quatro costados
Vem sestrosa da cozinha igual mulita na toca
Com tope de fita e tudo um exemplar de chinoca
É hoje penso ligeiro que gasto em um eito de prosa
E levo pros meus pelegos essa prendinha dengosa
É hoje penso ligeiro que gasto em um eito de prosa
E levo pros meus pelegos essa prendinha dengosa
Uma cordeona castiga Lua a Lua, Sol a Sol
Começa no lusco fusco e só cala no arrebol
Entre poeira e brilhantina se foi meu taco de bota
Surrando o lombo do chão montado nota por nota
Saudando a barra do dia lá do fundo do quintal
O galo despertador sola um canto matinal
Cala-se a velha cordeona, dorme os lampião sonolento
E a prosa que não gastei levo de volta nos tentos
Retorno como cheguei, eu o pingo e mais ninguém
Porque a resposta da prenda só no sábado que vem
Uma cordeona castiga Lua a Lua, Sol a Sol
Começa no lusco fusco e só cala no arrebol
Como é bonito ver na nova alvorada
A linda noite calada aos poucos vem se bandeando
E eu mateando ao redor de um brasedo
Ouvindo no arvoredo, os passarinhos cantando
No horizonte um clarão que anuncia
Indicando um novo dia e o sol que vai chegar
Para esquentar a terra fria do orvalho
E servir de agasalho a quem dele precisar
Para esquentar a terra fria do orvalho
E servir de agasalho a quem dele precisar
Vida buenacha que faz bem e da prazer
É sentir no amanhecer o sabor da natureza
Tantas belezas que muitos não as conhecem
Lá na cidade padecem carregados de tristeza
Após o mate, cafezito de chaleira
Oigalê bóia campeira feita pela tia Zefinha
Acompanhado de broa e leite bem gordo
Misturado com apojo da bragada e da mansinha
Ao meio dia é a hora mais sagrada
De baixo de uma ramada prontito pra churrasquear
E o peão caseiro já quase dentro do litro
Avisa que o cabrito tá no ponto de cortar
E o peão caseiro já quase dentro do litro
Avisa que o cabrito tá no ponto de cortar
Vida buenacha que faz bem e da prazer
É sentir no amanhecer o sabor da natureza
Tantas belezas que muitos não as conhecem
Lá na cidade padecem carregados de tristeza
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Quentura de sol abrasador, geralmente após uma chuva de verão.
Espaço seccionado numa cerca.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Guariba, primata sul-americano.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Porção ou área de lavoura sem medidas exatas que era proporcional ao número de escravos escalados para cumprirem uma determinada tarefa naquela área.
Espécie de cacete.
Afetivo de cavalo de estimação.
O leite mais gordo extraído após a segunda apojadura.
Cobertura tosca de um girau com ramas, para sombreamento ou “baile de ramada”.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.