Andaram dizendo que o pampa calou
Que o povo parou para ouvir o silêncio
Mentira daqueles que falam de nós
Escutem a voz do negro Gaudêncio
(Gravada no tempo do bolo de milho
Que o pai e o filho viviam da terra
Parando rodeio, correndo carreira
E guardando a fronteira em tempo de guerra)
A fúria dos ventos que chega do norte
Tem cheiro de morte tirado da rede
O mundo acampado à beira do rio
Tirita de frio e morre de sede
(Tratados de paz alegram vivente
Passado e presente proseiam agora
Projetam no tempo a minha canção
Amor e razão não precisam espora)
Andaram dizendo que o pampa calou
Que o povo parou para ouvir o silêncio
Mentira daqueles que falam de nós
Escutem a voz do negro Gaudêncio
(Verdade se diga na cara de todos
Os grandes engodos são sempre distintos
Convidam os pobres pras festas povoeiras
Que vivem à beira dos ranchos famintos)
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Vila, distrito.