Negrinho do Pastoreio,
Acendo esta vela pra ti
E peço que me devolvas
A querência que perdi.
Negrinho do pastoreio,
Traze a mim o meu rincão.
Eu te acendo esta velinha,
Nela esta meu coração.
Quero ver meu lindo pago
Coloreado de pitanga.
Quero ver a gauchinha
A brincar n'água da sanga.
/:Quero trotear pelas coxilhas,
Respirando a liberdade,
Que eu perdi naquele dia.
Que me embretei na cidade. :/
Negrinho do pastoreio,
Acendo esta vela pra ti
E peço que me devolvas
A querência que perdi.
Negrinho do pastoreio,
Traze a mim o meu rincão.
A velinha está queimando,
E aquecendo a tradição.
/
Piazito carreteiro
De bombacha remendada
Vai cantando pela estrada
A canção do boi barroso
Que a tradição lhe ensinou
Piazito carreteiro
Do cusco amigo e companheiro
Que nunca teve infância
Pois não pode ser criança
Porque a vida não deixou
E cantando lé se vai
Êra, êra, êra boi da ponta
Nos já "temo" chegando
E cantando lá se vai
Êra, êra, êra boi do coice
Segue o piazito cantando
Piazito carreteiro
Que ainda de madrugada
Sai repontando a alvorada
Lá pro fundo da invernada
Pra onde a noite se ausentou
Piazito carreteiro
Menino gaúcho, guapo
Simboliza nos seus traços
A legenda dos farrapos
Que a historia glorificou
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Lugar em que se nasce, de origem
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Adolescente.