Nos olhos profundos a sina estampada
O lombo sovado por léguas de chão
O nome e o rastro dispersos na estrada
E o rumo quem sabe perdeu com a razão
Chegou orelhano assim como os bichos
Largado sem dono, sem marca ou sinal
Quedou-se um joguete de bulha em bolichos
Depois mandalete e changueiro afinal
As vezes cantava em rondas andejas
Trilhando caminhos que levam a nada
E ouviam-se ao longe os versos confusos do seu desatino
Na voz debochada
Quando pealo me troca de ponta
Vou levar minha vida para outra
Um violão de choro mansinho
E uma gaita chorona muy loca
Pra sesteada carrego os meus olhos
Pro puchero carrego a minha boca
Guardei na memória essas rimas quebradas
Do louco mundeiro que nunca mais vi
Talvez ele tenha trocado de ponta
Quem sabe ainda viva a penar por aí
Destino, sorte.
Uns dizem ser o animal sem sinal na(s) orelha(s); a origem deste vocábulo é discutida - outros dizem ser proveniente do Pe. Cristóbal de Mendoza ORELLANO que reculutava gado bagual e não identificado, na Vacaria dos Pinhais.
Vivente incumbido de levar leite aos agregados do galpão (de manda letche); também, levar recados ou ordens aos peões.
Ato de arremessar o laço (ou sovéu) e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo. Existem muitos tipos de PEALO, entre os quais:
Breve dormida para descanso após o almoço.