Ah, essas noites de milongas
Cheias de estrelas e esperas
Onde canto minhas quimeras
Sentindo sede de amores
Afugentando-me dores
Pra solidão das taperas
Ah essas noites de milongas
De geadas tão serenas
Tão grandes e tão pequenas
Pra imensidão dos meus ais
Onde amansam-se as baguais
Acolheradas de penas
Noite de pampa e milongas
Repontam reflexões
Dando vida aos violões
E ilusões pra nossas vidas
Cicatrizando feridas
De almas e corações
Nisso ao som de milongas
Sinto que a noite me fala
Embala esconde a calma
Minhas penas pra ninguém vê las
Emprestando suas estrelas
Pras noites que eu tenho n'alma
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).