Um pano verde estande até onde a vista alcança
Sempre marcando presença da tão falada esperança
Por baixo do pano verde a terra gritando vida
Querendo assumir seus filhos que gritam por mais comida
Pedindo um verde amarelo de soja, arroz e trigais
Se rebelando da inércia de mil senhores feudais.
Colonos pedindo o chão que sumiu
A moça chorando o irmão que partiu
A infância que chora de fome e de frio
E a terra no cio, e a terra no cio, e a terra no cio.
O pai que soluça no prato vazio
O guasca sem medo que tudo assumiu
Tentou ser palanque, mas não resistiu
E a terra no cio, e a terra no cio, e a terra no cio.
Meu campo esperança imenso e vadio
Um dia um arado te arranca do cio
Vou gritar bem alto meus irmãos de estio
Meus irmãos de estio, meus irmãos de estio a terra pariu.
Tira de couro cru; também designa pênis de gaúcho, ou gaúcho rude e rústico.