Falado:
Foi plantada pequenina sem abrigo, sem amparo
Na frente da casa grande par ser sombra no futuro
Foi crescendo pisoteada igual eu pela vida
Mas quem nasceu para dar sombra, sombra um dia será.
Cantado:
Meu pé de figueira grande com os galhos cheios de ninho:
Marco de muitos caminhos, pulmão de toda uma raça
Deverias ser exemplo pra um mundo tão desunido
Com os teus braços estendido pra todo homem que passa.
Deixa eu dormir em tua sombra, figueira
Velha amiga que eu conheço
Pois eu também fui plantado na vida
Teu tronco foi o meu berço
Não tentem comprar a minha figueira
Por que a vida não tem preço.
Mas o home que agasalhas precisa de mais espaço
E te corta cada braço sem puxar pela memoria
E ao te arrancar as raízes arranca a própria consciência
Rasgam um postal da querência matando um pedaço da história
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.