A fumaça do palheiro é um trem
Que me leva aonde eu quizer
Buenos aires, nova york, uruguaiana
Ou outro pago qualquer
Na bagagem um poquito de dinheiro,
A bombacha e o violão
Pra quem canta, o limite é a garganta
E a bandeira é o coração
Tchau, minha mãe, eu vou partir
Algo me diz que esse é o caminho que eu devo seguir
Manda um beijo pra vó e avisa pro mano:
A gente se vê poraí
E a cortina da fumaça do palheiro
Não me deixa enxergar
Que já ta ficando tarde, perigoso,
Já é hora de voltar
Lá em casa já tem gente preocupada
E com saudades de mim
É o aviso aos passageiros
Que a viagem tá chegando ao seu fim
É, minha mãe, eu vou voltar
Algo me diz que amanhã bem cedinho eu devo chegar
Pede um doce pra vó e avisa pro mano:
Que eu to voltando pra ficar
Cigarro feito de fumo-em-rama, cortado, picado, moído e enrolado em palha-de-milho.
Lugar em que se nasce, de origem
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho